A poluição do rio Iguaçu (maior rio do Paraná)



O rio Iguaçu pede socorro



O maior rio do Paraná, fonte de água e energia e que ainda produz verdadeiras maravilhas da natureza, como as Cataratas, está sofrendo com a poluição. Entenda como podemos mudar essa realidade.

Para tornar público, sensibilizar, conscientizar e instigar os paranaenses, para desenvolver atitudes positivas e de responsabilidade destes recursos hídricos na região por onde passa o rio Iguaçu, desenvolveu-se um projeto chamado Águas do Amanhã, o qual foi idealizado pelo Lupaluna Ambiental e pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) com a intenção de mobilizar a sociedade em prol da preservação do rio Iguaçu.

Para isso, é contado com o apoio dos pesquisadores como Patrícia Luiza da Silva Carmo de Lima, bacharel em Aquicultura e mestre em Bioecologia Aquática, e Diogo Barbalho Hungria, biólogo. Ambos são integrantes do Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais (GIA) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Munidos de uma sonda de última geração, os técnicos analisaram a qualidade da água do rio.

Neste ano uma equipe percorreu de barco e de carro alguns dos principais trechos do rio Iguaçu, entre Curitiba e Foz. Em apenas seis dias, a equipe rodou 2,3 mil quilômetros coletando informações técnicas e observando o impacto socioambiental do mais importante curso fluvial do estado.

O rio Iguaçu, conhecido mundialmente pelo espetáculo oferecido pelas suas águas nas Cataratas do Iguaçu, está ameaçado. Alguns trechos de suas nascentes, localizados na bacia do Alto Iguaçu, na Região Metropolitana de Curitiba, estão mortos.

A expedição revelou um rio complexo e repleto de contrastes. De suas nascentes na Serra do Mar até sua foz no rio Paraná, na região da tríplice fronteira, o Iguaçu vai mudando de forma e função, assim como mudam os preciosos ecossistemas que ele abriga e a relação das pessoas com o próprio rio. Uns o usam para saciar a sede, sustentar a família, gerar energia, irrigar a lavoura ou transportar pessoas e mercadorias. Para outros, é o point do fim de semana, seja na adrenalina do rafting ou na paz da pescaria.

Para alguns, no entanto, o Iguaçu é apenas uma enorme latrina capaz de receber tudo: geladeiras, televisores, móveis, pedaços de automóveis e uma quantidade absurda de lixo e esgoto doméstico e industrial. Cenas fortes que registram um desastre ambiental em pleno curso.

Aproximadamente 80% da poluição do Rio Iguaçu é gerada por esgoto doméstico e poluição difusa e 20% por esgoto industrial. Os resíduos chegam ao rio depois de serem lançados em afluentes, como o rio Belém e o Atuba.

Além de ser o rio mais importante do Paraná e cortar o estado de leste a oeste, o Iguaçu tem uma importância estratégica para o país, já que gera cerca de 7% de toda a energia elétrica produzida no Brasil.

E depois de tudo isso, o rio ainda é capaz de nos surpreender. Conforme avança, vai renovando suas águas em um processo de autodepuração. Uma capacidade natural que está sendo levada ao limite pelo ser humano. “Fica parecendo que está tudo bem. Ao contrário. O rio precisa da nossa ajuda. Por sorte ele se revitaliza sozinho, mas isso tem um limite. A tendência é a poluição ir cada vez mais adiante”, alerta Diogo Hungria.

A expedição ao rio Iguaçu surgiu de uma iniciativa pioneira para mostrar a triste situação em que o rio se encontrava. Agora com o amparo de parâmetros técnicos, a sensação é de que pouca coisa mudou, infelizmente.

Despejo de lixo em rios é crime e pode ser denunciado aos órgãos de proteção do meio ambiente ou à polícia.


Poluição no rio Iguaçu - Paraná


 Poluição no rio Iguaçu - Paraná

Poluição no rio Iguaçu - Paraná.

Poluição no rio Iguaçu - Paraná – Imagem em Alta Resolução






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