Os hebreus também conhecidos como israelitas e posteriormente como judeus foram um povo da região da palestina. A primeira referência aos hebreus acorre por volta de 1.200 a.C., no reinado do faraó Merneptah. Nessa época, algum povo conhecido como “israelitas” já habitava a região da palestina. Mas segundo as tradições hebraicas suas origens estariam ligadas aos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó que teriam iniciado a linhagem dos hebreus e lembrados como responsáveis pelos primeiros pactos com Deus relatado no livro do Gênesis.
Porém o conteúdo do livro do Gênesis é de difícil datação e sua composição é atribuída a diferentes grupos e épocas e sendo escrito tardiamente. Existe vários anacronismo nesse livro como, por exemplo, a referência aos filisteus que ajuda a datar o relato bíblico, já que os filisteus apenas chegaram à região a partir de 1.200 a.C. e a menção aos arameus que só chegaram a região no século X a.C. e referências a algumas cidades como Dan e Ur levando a conclusão que provavelmente boa parte do Gênesis foi desenvolvida por volta de 700 a.C.
Outro principal evento do povo hebreu e da origem do judaísmo é o episódio do Êxodo que se refere a um episódio bíblico ao quais os judeus, escravizados no Egito, teriam conseguido fugir da terra estrangeira, retornando a sua terra de origem, Canaã, sob a liderança de Moisés levando 40 anos. É durante o início desse percurso que de acordo com relatos bíblicos, teria ocorrido o pacto entre os hebreus e o seu Deus no monte Sinai por intermédio de Moisés recebendo a tábua com os dez mandamentos. Porém não existem fontes arqueológicas para corroborar a existência de Moisés e de nenhum assentamento humano na época do êxodo e o relato bíblico cita cidades que só existiram muito tempo mais tarde. O final desse evento termina com a conquista de Canaã onde os hebreus deixaram de ser um povo nômade para se tornar um povo com uma terra. Essa região se tornaria o elemento de união deste povo, já que teria sido dada pelo próprio Deus e segundo relatos bíblicos os hebreus teriam conquistado através da força.
O período posterior à ocupação de Canaã foi dominado pelo governo de indivíduos conhecidos como Juízes que eram na maioria líderes militares, cujos atos são relembrados de forma heroica pelos hebreus. Porém é difícil escrever uma história contínua desse período, uma vez que ele apresenta diversos problemas cronológicos. O primeiro juiz teria sido Otnael e o último seria Samuel um profeta que teria consagrado Saul como o primeiro rei e o início da monarquia hebraica.
É nesse período por volta de 1.000 a.C. que a ocupação hebraica do seu território é gravemente abalada com as invasões dos povos filisteus e começa a existir a necessidade de se unir em torno de uma figura política mais forte como um monarca e Saul é consagrado Rei e passa grande parte de seu governo perseguindo os filisteus e morre se lançando sobre sua própria espada após uma campanha fracassada contra os Filisteus. Seu quarto filho, Ishbaal, assume seu lugar por apenas alguns anos até ser assassinado.
O sucessor da monarquia hebraica é Davi e depois seu filho Salomão. Foram durante esses dois reinados que os hebreus tiveram seus tempos de glória e de um reino unido. Mas esse período é pequeno e após a morte de Salomão, em cerca de 935 a.C., seu reino foi dividido em dois estados, Israel e Judá; deste último, os judeus herdaram o nome. Segundo os estudiosos não houve um grande reino hebreu e esses líderes foram engrandecidos num período posterior e a realidade se suas conquistas provavelmente foram bem mais modestas. Também é necessário ter em mente que nenhuma fonte daquele tempo se refere a qualquer um dos dois reis ou ao reino de Israel.
Após a divisão em dois estados, Israel e Judá, houve uma dinastia Omrida, fortemente reconhecida pelos documentos arqueológicos como uma dinastia poderosa. Reconhecido como um monarca cruel pelos autores bíblicos, Ahab, filho de Omri, foi, no entanto um dos maiores reis hebreus porem sua dinastia foram esquecidas, enquanto o período de Salomão foi sobre glorificado pela literatura bíblica. Na verdade, a maior parte das grandes evidências arqueológicas da história de Israel está associada a esse rei e seus sucessores, e não a Salomão.
O reino de Israel dura até 721 a.C. com a conquista dos assírios e o reino de Judá também é conquistado em 598 a.C. pelos babilônios, com isso os hebreus viraram escravos, sendo esse período conhecido como o Cativeiro da Babilônia.
O cativeiro da Babilônia acabou em 539 a.C., quando Ciro, imperador persa conquistou a Babilônia e libertou os judeus, que retornaram a Palestina e reconstruíram o templo de Jerusalém que teria sido destruído por Nabucodonosor. Em 332 a.C. os persas foram derrotados por Alexandre, O Grande e os macedônios e gregos passaram a dominar a Palestina, seguindo pelo domínio romano, a partir de 63 a.C. Após a contenção da revolta judaica iniciada em meados da década de 60 d.C., e a destruição de Jerusalém em 70 d.C., os judeus se dispersaram pelo mundo e o estado de Israel seria criado novamente na Palestina apenas em 1948 pela ONU.
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